Ninguém, nem mesmo a Polícia, consegue encontrar uma explicação para o acidente que vitimou um motociclista, ontem à tarde, junto à loja da Leroy Merlin, na zona industrial da Maia. Miguel Moreira, 57 anos, embateu, com violência, contra o muro do acesso da A41. Teve morte imediata.
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Miguel, que era dono de um stand no Carvalhido, tinha a moto à venda. E só se deslocou nela para "chegar mais rápido" ao seu estabelecimento, no Porto, conforme contou um amigo.
Miguel tinha acabado de sair de uma oficina, na Maia. E foi o casal de proprietários da oficina que, ao passar no local do acidente, reconheceu a moto. "Ele tinha acabado de estar connosco. Nem posso acreditar que isto aconteceu. Foi o meu marido que percebeu que era a moto do Miguel", contou a dona da oficina, em lágrimas.
Sem qualquer marca de travagem no piso, outros dois colegas da vítima tentavam encontrar uma explicação para o sucedido. "Ou levou um toque de algum carro e para se desviar foi contra a parede ou deu-lhe qualquer coisa", referiram os colegas, "incrédulos" com o acidente que não teve testemunhas.
Alguns curiosos, que estavam no local, comentavam que aquela zona "é muito perigosa" e regista muitos acidentes. v
Casado e com dois filhos
A vítima, de 57 anos, era casado e tinha dois filhos, maiores de idade. "Volta e meia pegava na moto", referiu um colega, que tinha visto o veículo à venda no stand.
"Esforçava-se imenso"
Miguel trabalhava no ramo automóvel há mais de 20 anos. Chegou a ter mais dois sócios no stand, mas atualmente o negócio era só seu. "Esforçava-se imenso", contou um amigo.
Vivia em Vila do Conde
Miguel Moreira, 57 anos, era proprietário de um stand de automóveis na zona do Carvalhido, no Porto. Apesar de ter um apartamento na Invicta, vivia na freguesia de Guilhabreu, em Vila do Conde.