Requalificação de 3,7 milhões de euros transformou monumento de interesse público. Câmara espera atrair 16 mil visitantes por ano.
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A Câmara de Baião inaugura amanhã, sexta-feira, às 10.30 horas, o Mosteiro de Ancede Centro Cultural de Baião (MACC), cuja requalificação contou com um investimento total de 3,7 milhões de euros para transformar aquele Monumento de Interesse Público no novo Centro Cultural da Região, com o objectivo de atrair 16 mil visitantes por ano até 2025.
Tratando-se de um complexo que inclui várias unidades, integra projetos de dois arquitetos - Siza Vieira, cujo trabalho se materializa no Mosteiro, na Casa dos Moços e no Adro da Igreja (em execução) e Daniel Vale, que assina a obra referente à Igreja. Já projetados, mas a aguardar financiamento, estão os Celeiros, o parque de estacionamento, o pombal, a eira, as cercas e os jardins.
O Mosteiro, cuja origem é anterior à fundação de Portugal, foi alvo, desde 2001, de cinco fases de intervenção destinadas a conservar, restaurar e reabilitar o espaço nas diversas valências dotando-o, atualmente, de um Claustro com capacidade para 300 pessoas, a que se junta um auditório com 80 lugares e espaços expositivos capazes de acolher 25 pessoas por hora, para além da área exterior.
A autarquia assinala, em comunicado, que a obra "encerra um ciclo de apetrechamento de equipamentos e de infraestruturas que representa uma importante aposta na qualidade de vida da população, na qual a componente cultural se reveste de particular importância".
Apoiada por fundos comunitários provenientes de três linhas de financiamento, a requalificação foi assumida em mais de um terço do investimento a cargo da Câmara.
Vinho e hortofrutícolas
A quinta que rodeia o Mosteiro de Ancede tem uma área total de 13 hectares que se dividem entre vinha e horta, dando origem a 8500 garrafas de "Lagar do Convento" - um vinho da casta Avesso destinado a promoção - e hortícolas e frutos que são canalizados para cabazes sociais, entrega a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), utilização nas refeições da cantina da autarquia, venda dos produtos a preços de mercado abastecedor localmente ou na Casa de Baião, no Porto.