Mosteiro onde viveu rainha vai abrir como hotel de luxo

Depois de quatro anos em obras, a ala sul do Mosteiro de Arouca reabre no próximo dia 7 como hotel de cinco estrelas. É o primeiro da vila. A reabilitação do monumento nacional, no âmbito do programa Revive, tinha um custo estimado de 4,5 milhões de euros, mas a fatura da intervenção acabou por ascender aos dez milhões.Acedendo ao hotel pela Avenida 25 de Abril, a entrada surge ao fundo do Largo do Terreiro, onde também a biblioteca municipal se encontra em obras. O MS Collection Arouca é a mais recente coqueluche do grupo liderado por Pedro Mesquita de Sousa. O projeto de arquitetura esteve a cargo do ateliê Mimool, da Póvoa de Varzim.A poucos dias de abrir, a unidade hoteleira, de estilo contemporâneo e com 55 quartos distribuídos pelo primeiro e segundo andares, tem já reservas feitas via online, com os portugueses, ingleses e alemães no topo da lista. Há reservas “logo para o dia a seguir à abertura, mas também para a Páscoa e verão”. “Pretendemos criar, neste edifício com dez séculos, uma espécie de resort no campo”, revelou ao JN a diretora-geral dos hotéis MS. Margarida Antão explicou que “no piso zero vão funcionar os serviços”, nomeadamente um bar, junto a um antigo lagar, que funcionará como base de um palco, “onde se espera que aconteçam as mais diversas atuações”. “Acreditamos que este espaço possa ser responsável por trazer algum dinamismo noturno à vila”, assumiu.

No extremo oposto, para o lado esquerdo, debaixo de abóbadas brancas e arcos graníticos, surgirá o Heritage 1220, um restaurante de “comida de conforto, onde não poderá faltar a vitela, mas onde também haverá opções como o bacalhau, o polvo ou menus para crianças”. O nome refere-se ao ano em que a rainha Santa Mafalda se recolheu no mosteiro, depois de o matrimónio com Henrique I de Castela ser anulado por nunca ter sido consumado, devido à morte precoce do jovem rei. O MS Collection Arouca terá também outro “restaurante diferenciado, com consultadoria do chef Rui Paula”.