Início das obras da nova unidade de Lisboa Oriental previsto para o próximo ano.
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A construção do Hospital de Lisboa Oriental, a maior obra pública da última década, está mais perto de se concretizar. A proposta do consórcio da Mota-Engil para a construção e concessão do futuro hospital foi classificada em primeiro lugar pelo júri que avaliou as duas candidaturas finalistas, esta e a da Somague, detida pelo grupo espanhol Sacyr, informou o Jornal de Negócios. A unidade hospitalar é considerada prioritária desde 2008. Tem gerado alguma polémica porque será uma parceria público-privada e vem substituir seis hospitais públicos de Lisboa.
O hospital, que será construído em Marvila, terá capacidade mínima de 875 camas, e vai substituir os hospitais de São José, Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa, Estefânia, Santa Marta e Capuchos. Estima-se que a centralização dos hospitais numa só unidade gere poupanças de 70 milhões de euros. O Jornal de Negócios avançou esta sexta-feira que na frente da corrida à construção do Hospital de Lisboa Oriental está a proposta da Mota-Engil, tendo sido classificada como sendo "economicamente mais vantajosa".
Embora a proposta final apresentada pela concorrente Somague tenha o valor de 244 milhões de euros, ou seja, mais vantajosa em termos de custos que a da Mota-Engil, de 257,7 milhões de euros, esta última ficou à frente "nos critérios de qualidade".
Depois das respostas dos dois candidatos finalistas, cujo prazo terminou anteontem, aguarda-se agora para breve a confirmação oficial do resultado e adjudicação da obra pelo Governo. Segue-se ainda o período de audiência prévia até abril.
A assinatura do contrato de adjudicação está prevista para 2023 e tendo em conta que esta unidade hospitalar demorará pelo menos três anos a ser construída o hospital só deverá abrir em 2025.
O concurso arrancou em 2017 com o preço base da obra de 334,5 milhões de euros. Uma vez que a proposta da Mota-Engil é inferior ao preço base do concurso, estima-se um ganho nas contas públicas de 76,7 milhões de euros, adianta ainda o Jornal de Negócios.
O JN enviou questões à Mota-Engil, que não respondeu.