Jovem residente em S. Romão do Coronado, na Trofa, despistou-se a caminho de casa.
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Um jovem de 26 anos morreu, ontem, domingo, vítima de um acidente de mota, após ter-se despistado numa curva perigosa, em Folgosa, na Maia. João Ricardo estava sem capacete e, após a queda, morreu no local na sequência de uma lesão na cabeça.
Eram cerca das 14.45 horas quando tudo aconteceu. João Ricardo da Silva Ferreira circulava de mota em direcção a casa, que fica a cerca de dois quilómetros apenas, em S. Romão do Coronado, concelho da Trofa. Estaria com uns amigos em Folgosa, como era habitual. E fazia muitas vezes aquele trajecto.
Foi numa curva apertada da Rua Central, em Folgosa, onde a esquina do muro é bastante saliente, que se deu o acidente. E não terá envolvido qualquer outro veículo, segundo a GNR da Maia. O jovem caiu para a estrada e ficou deitado com a cabeça no chão, enquanto a mota parou cerca de três metros mais à frente. De acordo com alguns familiares, o jovem não trazia capacete, o que se revelou mortal, uma vez que sofreu ferimentos na cabeça. O piso ainda molhado por causa da chuva também terá contribuído para o acidente, que obrigou a GNR da Maia a cortar aquela estrada durante cerca de duas horas.
Passagem estreita
No local, vizinhos da vítima e moradores de Folgosa davam palpites sobre as causas do acidente. E, à porta da casa de João Ricardo, estava reunida a família, que falava do perigo da estrada. "De moto, já ficaram lá uns poucos", disse um familiar, ao JN. O mesmo lembrou Olinda Raimundo, madrinha da vítima, criticando aquela curva por a passagem ser tão estreita numa estrada de dois sentidos. "Está assim desde que nasceu", explicou, referindo-se à esquina que fica "em cima da estrada".
Mesmo no local do acidente, fica a casa de Antónia Moreira, de 80 anos, que estava deitada. Ouviu um forte estrondo e foi ver o que era. "Antes não tivesse ido à janela", disse ao JN. "Estava doente e agora ainda me sinto pior", explicou, ainda chocada com o sucedido. O jovem largou a moto, recorda a moradora, lembrando ter visto ainda alguns sinais de vida. E não esquece a mãe a chorar no local. "Toda a gente estava a chorar a olhar para ele", disse Antónia Moreira, que também considera aquela curva perigosa, mas apenas tem memória de mais um acidente grave, "há alguns anos".