Motociclista que atropelou quatro pessoas em procissão tinha 1,42 de taxa de alcoolemia
O motociclista que atropelou quatro participantes numa procissão em Avioso, Maia, sábado ao final da tarde, acusou uma taxa de alcoolemia de 1,42, disse fonte da GNR.
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De acordo com fonte do Destacamento da GNR de Matosinhos, o homem vai ser presente ao Ministério Público esta segunda-feira.
Ficou manchado o final da Festividade Padroeira de Santa Maria de Avioso. Pelo sangue de quatro pessoas e pelo negrume de todos quantos participavam na procissão, recolhendo com o andor à igreja paroquial, para rezar o terço. Dos feridos, só um - Manuel Deveza Mirra, de 76 anos - recolheu à sala de emergência do Hospital de S. João, depois de efectuar uma TAC à cabeça.
As outras vítimas do atropelamento, Maria Marlene Pires (54 anos), de Gemunde (Maia), Ana Cristina Ferreira (41 anos) e Otília Maria Costa (45 anos), ambas de Santa Maria de Avioso, foram assistidas em pequena cirurgia a escoriações que apresentavam.
Na paróquia, velas pousadas em muros e janelas indicavam o trajecto da procissão. O acidente ocorreu pelas 19.15 horas na Rua de Avioso, num local bordejado por campos agrícolas e, ao que conseguimos apurar (os habitantes apenas ouviram dizer ou seguem à linha a determinação de não falar do assunto dada pelo pároco), a moto embateu por trás no cortejo.
Militares da GNR da Maia, que estavam encarregados de garantir a segurança, deram ordem de paragem ao motociclista, que continuara a marcha depois de abalroar as pessoas. Depois de sujeito ao normal teste de alcoolemia, que deu positivo, o condutor requereu análises ao sangue, sendo por tal levado, também, ao hospital. Soube o JN que se confirmaram valores de álcool no sangue acima do limite estipulado por lei.
Dos vários fiéis que o JN abordou no exterior do templo, findo o período de oração, alguns contaram à boca pequena detalhes que acabámos por confirmar, depois, por outras vias. Os rostos estavam fechados (percebia-se alguma familiaridade entre as pessoas) e ninguém quis dar testemunho do que aconteceu.
Aguardavam - disseram-nos mesmo assim - "permissão do senhor abade", um jovem presbítero que, por não seguir na procissão, nada acrescentou, seguido à risca pelo rebanho.