Menino de três anos esteve cerca de oito horas fechado no autocarro de transporte escolar, em Rio Maior.
Corpo do artigo
O motorista e a auxiliar que faziam equipa no autocarro de transporte escolar onde ficou esquecido um menino de três anos, durante cerca de oito horas, no concelho de Rio Maior, foram suspensos preventivamente enquanto decorre um inquérito para apurar responsabilidades, informou ontem a Autarquia.
13461897
O menor, residente na Ribeira de São João, apanhou o autocarro na segunda-feira de manhã com destino à Escola Básica Poeta Ruy Belo, em S. João da Ribeira, mas não chegou a sair da viatura e ninguém deu pela sua falta. Só a meio da tarde, quando o avô o foi esperar, se verificou que o menino não só não tinha regressado, como não tinha marcado presença no primeiro dia de reabertura dos jardins de infância e escolas do 1.º Ciclo.
Os pais entraram em pânico, e depois de vários contactos e diligências, veio a verificar-se que o menino tinha ficado esquecido no autocarro que o transportou de manhã e que estava estacionado junto à residência do motorista. Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram-no sentado no mesmo banco onde havia sido deixado. Por precaução, foi transportado ao Hospital de Santarém, mas teve alta pouco tempo depois.
"Sabemos pelos pais da criança que esta, felizmente, se encontra bem", disse ao JN fonte oficial da Rodoviária do Tejo - a empresa contratada pela Câmara de Rio Maior para assegurar o transporte escolar no concelho - acrescentando que já foi levantado "um processo de averiguações para saber os termos exatos em que aconteceu este lamentável incidente".
A Autarquia, por sua vez, disponibilizou-se para prestar toda a ajuda necessária à família da criança. Em declarações ao JN, o presidente, Luís Santana Dias, disse estar a acompanhar o caso "com toda a atenção" e que vai aguardar pelas conclusões do inquérito interno aberto pela Rodoviária do Tejo, "por forma a que sejam apurados os responsáveis".
Bebé deixado oito horas em frente à creche
O caso ocorrido em Rio Maior não é inédito. Em fevereiro do ano passado, uma bebé de dois anos também ficou esquecida cerca de oito horas numa carrinha de transporte escolar, em frente à creche do Centro Paroquial de Assistência do Juncal, no concelho de Porto de Mós.
Os funcionários só deram com ela ao final da tarde, ainda presa à cadeira de retenção, quando se preparavam para transportar as crianças de regresso a casa. A bebé esteve todo o dia sem comer nem beber. A mãe da menina retirou a filha da creche e apresentou queixa na GNR contra a instituição. O processo seguiu para o Ministério Público.