Está aberto o caminho à legalização da fábrica de estruturas em betão, construída em Fátima, sem licença e destruindo cerca de 15 hectares de floresta em Reserva Ecológica Nacional (REN).
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Depois de sucessivos embargos, todos violados pelo promotor da obra, uma empresa do Grupo Verdasca & Verdasca, a Câmara de Ourém incluiu a área industrial na proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal (PDM), que implicará a revisão dos limites da REN.
“A situação está abrangida pelo processo de alteração, como estão mais 41” empresas do concelho que “comunicaram a necessidade de ampliar instalações” para poderem ser “competitivas no mercado global”, revelou o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, na última sessão da Assembleia Municipal. O autarca do PSD respondia aos pedidos de esclarecimento dos deputados Nuno Batista, do PS e João Pereira, do MOVE - Movimento Ourém Vivo e Empreendedor, que consideram o caso “uma vergonha” pelos “precedentes que abre”, lembrando que a unidade não só foi construída sem licença como está a laborar sem autorização.