Município defende a pedonalização, mas motoristas dizem que o resultado é que fazem mais quilómetros.
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As alterações ao trânsito feitas na vila das Taipas, Guimarães, na sequência das obras de requalificação do centro cívico, estão a provocar engarrafamentos como os habitantes desta localidade de 6500 habitantes nunca tinham visto. Os motoristas profissionais queixam-se de terem que fazer mais quilómetros, os utilizadores dos transportes públicos reclamam dos atrasos e os comerciantes estão descontentes com as obras que afastam os clientes. A Câmara Municipal defende o projeto, que vai no sentido de uma redução do espaço para os carros, em linha com os compromissos do Município que, no âmbito da “Missão Cidades” da União Europeia, se comprometeu a antecipar as metas de redução de emissões de 2050 para 2030.
José Macedo, taxista, não vê lógica na reorganização do trânsito. “Dizem que é para reduzir as emissões. Mas quem vem do lado de Braga, a certas horas, fica parado em filas com dois quilómetros, com os motores a trabalhar”, critica. Queixa-se também da dificuldade de ligação para a zona leste, para o Avepark e para a Póvoa de Lanhoso. “O trânsito das zonas industriais e do parque de ciência e tecnologia junta-se com as pessoas que vão levar os filhos à escola e é o caos. A alteração só fazia sentido se existisse uma via que fizesse o trânsito que vem de Guimarães circular por fora da vila”, diz.