São nove as representações que, hoje à noite, vão desfilar pela cidade até à atuação junto aos Paços do Concelho.
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Famalicão prepara-se para viver hoje uma grande noite de Santo António, com as marchas a desfilar pelas principais ruas da cidade até à chegada aos Paços do Concelho onde vão atuar e exibir a coreografia ensaiada ao longo de meses. A representação de Riba de Ave é a quinta a subir ao palco, mas o anseio é a conquista do primeiro lugar.
“Apostámos muito. Temos de pensar que podemos vencer, temos de ter este espírito. Todas tentam fazer o melhor para ganhar e nós também”, atira Sandra Lopes, uma das marchantes mais antigas do grupo ribadavense.
Com uma centena de marchantes, Riba de Ave participa nas marchas antoninas que decorrem na noite de Santo António, desde 2010 e não tenciona parar. Este ano, os preparativos para a noitada do santo casamenteiro começaram em fevereiro, mas pela coreógrafa teria começado antes.
E trabalhar é algo que os marchantes sublinham ser necessário para puderem brilhar e alcançar uma boa classificação. “É preciso trabalhar muitas horas”, aponta Madalena Sampaio, frisando que quando entrarem em palco a concentração é a palavra de ordem.
“Temos de estar muito concentrados”, refere, notando que, além de toda a paixão por participar, há um “investimento” em poder alcançar o primeiro lugar.
Apesar do grande objetivo ser conseguir a melhor classificação possível, os marchantes são unânimes em salientar o convívio e a “família” que a marcha proporciona.
Espírito de família
“Eu adoro isto”, atira Arminda Xavier com um entusiasmo contagiante. “Preparo tudo antecipadamente em casa para poder vir. Isto é uma família”, diz.
A coreógrafa de Riba de Ave optou pela “simplicidade de movimentos” com alguns passos “mais complicados”. “Temos marchantes de várias idades e queremos que todos consigam acompanhar”, explica. “Fui sempre ajustando a coreografia até estar no ponto”, conclui.
Hilário Pereira, um dos coordenadores do grupo, sublinha que arcos e roupas foram “idealizados e concretizados pelos elementos da marcha”. E não deixa de frisar que as pessoas gostam da marcha “pelo convívio e porque se formou uma família”.