Uma mulher de 60 anos deu entrada no serviço de Urgência do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, apresentando um quadro debilitado. Os ferimentos nas mãos e pés chamaram a atenção dos profissionais de saúde. Descobriu-se que acumulava lixo e partilhava a casa com cães, gatos, galinhas e até uma ovelha.
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A informação encaminhada para o Ministério Público, levou a que fosse solicitado à PSP que acompanhasse os técnicos do SAAS – Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social à casa da senhora. Para lá da porta, o inimaginável. Toneladas de lixo, acumulado durante anos, na habitação que partilhava com cães, gatos, galinhas e até uma ovelha. Foram os Serviços Municipalizados que procederam à retirada do lixo, deixando apenas o que o tribunal considera serem “pertences da inquilina” e que “ela quer”.
Após duas semanas de retirada de lixo, o filho da senhoria, Filipe Martins, emigrante em França, conseguiu entrar na casa que tem em falta mais de um ano de rendas, o que motivou uma ação judicial ainda em curso. A par deste processo, Paulo Barros, advogado de Rosa Martins, a senhoria, explica que vai avançar outro processo judicial, para que a sua cliente seja ressarcida dos prejuízos causados na habitação.