Centenas de pessoas juntaram-se, na tarde deste domingo, no Largo da Câmara Municipal de Espinho para assistirem à 25.ª edição do Encontro de Estátuas Vivas. A Autarquia, entidade organizadora, considera que o evento poderá tornar-se numa referência ainda maior neste tipo de arte de rua. Mais de 20 estátuas vivas deixaram os visitantes maravilhados com as suas "performances".
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"Vimos no jornal que o evento ia acontecer e viemos de Vagos para ver este festival. É muito interessante e incrível ver todo o processo de estátua viva", observa Rodolfo Novo.
Guilherme Ferreira, 37 anos, de Sintra, há 20 anos que recria personagens nos eventos de estátuas vivas, sendo presença frequente em Espinho.
Neste ano, vestiu a "pele" do "cantor romântico". As músicas de Roberto Carlos, Carlos Paião, Marco Paulo e Pedro Abrunhosa, entre outros, acompanham a sua apresentação, que não se fica apenas por momentos de corpo estático, mas também com algumas alegres e sincronizadas cantorias. Sobre a atividade, diz ser necessário ter "amor à arte e teimosia". "É preciso insistir em estar parado. É coisa que se ganha com tempo", explica.
Mesmo ao lado, António Santos, que ostenta um dos títulos mundiais de mais tempo como estátua viva, apresentou em Espinho o "músico". "Faz parte de um projeto de oito estátuas vivas que homenageiam outros artistas de rua", diz. Com 36 anos entregues à arte, destaca o momento pioneiro do festival de Espinho, em 1997. "É um festival maravilhoso", considera.
António considera que o município de Espinho "devia aproveitar o facto de ter tido o primeiro festival de estátuas vivas que surgiu no mundo e colocar o evento a um nível mais internacional". "Mesmo sem meios próprios, penso que haveria possibilidade de ter patrocinadores", refere.
Questionada sobre a possibilidade de dar ao festival um cunho mais internacional, a presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz, admite concordar com essa possibilidade. "O festival só se internacionalizou a partir de 2012. Mas penso que se deve dar um novo impulso, para ganhar mais asas, já que fomos nós que começamos. É quase uma obrigação nossa dar um salto ainda maior e é isso que vamos tentar, talvez no próximo ano", conclui.
A autarca acrescenta que, neste ano, não houve concurso, uma vez que foi uma edição comemorativa do 25.º aniversário.