A Câmara de Famalicão vai entregar a privados o serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos, com o objetivo de conseguir "preços mais amigos" do município, das famílias e das empresas.
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O contrato a celebrar com a empresa vencedora do concurso público internacional que vai ser lançado será por 10 anos e terá o valor máximo de 18,1 milhões de euros.
O presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, disse à Lusa que o objetivo é "pelo menos" manter a qualidade do serviço atualmente prestado, "mas de uma forma que onere o mínimo possível os orçamentos do município, das famílias e das empresas".
O autarca sublinhou que a vantagem financeira está desde logo assegurada pelos termos do contrato a celebrar, já que a empresa escolhida terá sempre de cobrar um valor inferior àquele que o município suporta e que é de 42 euros por tonelada.
No fundo, e ainda segundo Paulo Cunha, a entrega a privados permitirá "reduzir ou, pelo menos, não ter de aumentar" o valor que os munícipes pagarão pela recolha dos resíduos.
Em relação aos cerca de 70 trabalhadores atualmente afetos ao serviço, Cunha garantiu que ou serão reintegrados na empresa que vier a fazer a prestação de serviços ou colocados noutro serviços municipal.
"Não vamos despedir um único trabalhador", frisou.
A Câmara de Famalicão justifica a opção pela entrega a privados da recolha de resíduos sólidos urbanos com a "escassez de meios humanos e técnicos" para assegurar o serviço.
O executivo já autorizou a abertura de um concurso público internacional para escolher a empresa, faltando agora a ratificação pela Assembleia Municipal.