O Município de Braga vai reverter, ainda em 2016, a Parceria Público-Privada na empresa SGEB-Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga onde paga rendas anuais superiores a seis milhões de euros pelos equipamentos desportivos. Valor que descerá para metade com a renegociação da dívida com a banca. Poupando 90 milhões de euros.
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Fonte ligada ao processo disse ao JN que o seu presidente, Ricardo Rio, anuncia esta terça-feira à tarde, em conferência de imprensa, os termos da reversão do contrato, que foram já enviados aos dois sócios da firma, os empresários Gaspar Borges, da ABB e Domingos Correia, da Europa Ar-lindo, que têm 49% da empresa.
Ao que o JN soube, o resgate da PPP prevê o pagamento de uma verba a cada um dos sócios, cujo valor não foi adiantado.
O caso deve acabar nos tribunais já que o empresário Domingos Correia da Europa Ar-Lindo não quer ceder a sua parte na firma, sem contrapartidas financeiras. Tem vindo a exigir oito milhões para sair.
A negociação, que envolveu a banca a quem a empresa pediu empréstimos para construir os 23 equipamentos em 2008 foi conduzida por Rui Morais, da Agere, por indicação de Ricardo Rio.
Para ficar com a SGEB, além de pagar às empresas ABB- Alexandre Barbosa Borges e Europa Ar-Lindo - de créditos que têm - haverá que liquidar 35 milhões a bancos, ou seja, 48 milhões. Este montante compara com os 140 a 150 milhões que ainda terá de pagar de rendas nos 21 anos de duração do contrato - 25 ao todo.
A PPP foi criada, em 2008, pela Câmara anterior - gerida pelo PS - para construir relvados sintéticos e outras infra-estruturas.