A Lipor deu prejuízo pela primeira vez em mais de duas décadas. Os 2,9 milhões de euros, relativos a 2023, serão pagos pelos oito municípios e, em 2024, as perdas deverão aumentar.
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A criação da Comunidade Energética Intermunicipal (CEI) e a mudança do tipo de empresa são vistas como a solução para o "buraco" na associação de municípios que gere os resíduos do Grande Porto e que é tida como uma referência na Europa.
A Lipor foi criada em 1982, ao longo dos anos ergueu um património de mais de 300 milhões de euros e desde 2003 que não dava prejuízo. Atualmente, num país onde a média nacional de depósito de resíduos em aterro é de 55,4% (Portugal está longe de atingir a meta imposta pela União Europeia de reduzir a deposição em aterro para 10% até 2035), nos oito concelhos da empresa - Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia, Matosinhos, Porto, Gondomar, Valongo e Espinho - apenas 2% a 3% dos materiais não se reutilizam. É, por isso, apontada como exemplo no nosso país e na Europa, mas 2023 foi um ano negro.