Municípios de Leiria avançam com projeto-piloto para diminuir idas de idosos às Urgências

Existem cerca de 700 utentes nos cinco concelhos abrangidos pelo plano
Foto: Leonel de Castro
Programa da Segurança Social de Leiria e da Unidade Local de Saúde de Coimbra abrange 14 lares.
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As Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) dos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrogão Grande, no distrito de Leiria, vão participar num projeto-piloto, destinado a aumentar a proximidade no acompanhamento clínico, os cuidados personalizados no domicílio, e uma "articulação eficaz" entre as ERPI e a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra. O objetivo é reduzir as deslocações às urgências.
Inspirado no projeto "Hospital no Domicílio Senior", desenvolvido pelo Centro Distrital de Segurança Social de Leiria e pela ULS da Região de Leiria, a LinhaCuidar@Coimbra vai arrancar a 2 de dezembro em 14 ERPI, com cerca de 700 utentes, de Ansião (seis), Alvaiázere (quatro), Figueiró dos Vinhos (duas), Castanheira de Pera (uma) e Pedrógão Grande (uma). A informação foi avançada esta segunda-feira por João Paulo Pedrosa, diretor da Segurança Social de Leiria, durante a apresentação do programa na Câmara de Ansião.
A ULS de Coimbra adianta que o projeto vai assegurar às ERPI formação dos técnicos, atendimento telefónico para apoio de enfermagem/médico, ativação de Equipas de Cuidados Continuados Integrados, em menos de 24 horas, e acesso à rede de Centros de Atendimento Clínico.
"A iniciativa promove respostas clínicas em proximidade, seguras e adequadas às necessidades dos utentes institucionalizados, garantindo avaliação e intervenção atempadas no local onde vivem", explica Alexandre Lourenço, presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra, em comunicado.
A formação dos profissionais das ERPI será assegurada por enfermeiros e médicos das equipas de hospitalização domiciliária e de cuidados de saúde comunitários da ULS de Coimbra. "Abordam a observação clínica, a identificação precoce de sinais de agravamento, e a gestão adequada de situações agudas", informa a ULS.
Haverá anda uma linha telefónica assistencial, operada por enfermeiros, caso o estado de saúde dos utentes se agrave. "Este contacto permite uma avaliação inicial da gravidade da situação e a orientação quanto à resposta mais adequada."
João Paulo Pedrosa adianta que a segunda fase do projeto-piloto inicia entre maio e julho de 2026, em lares residenciais, e a terceira fase destina-se às restantes respostas sociais, começando entre agosto e outubro do próximo ano.
