A reconstrução da muralha que há dois anos ruiu na Fortaleza de Valença deverá estar concluída até ao final do próximo verão.
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Segundo adiantou ao JN fonte da Câmara, esta previsão de prazo é possível tendo em conta o andamento dos trabalhos em curso para reconstruir o pano de muralha do Baluarte, que se “encontram numa fase decisiva”.
A obra, com um prazo de execução de 270 dias, está a decorrer desde o início do verão de 2024 e tem um custo de cerca de um 1,3 milhões de euros, sendo comparticipada pela Direção-Geral das Autarquias Locais e pelo Fundo de Salvaguarda do Património Cultural.
A intervenção decorre sob monitorização dos técnicos da Unidade da Cultura da CCDR-Norte e daquele município, e incide agora na reconstrução do segundo troço da estrutura, que colapso devido às fortes chuvadas registadas em 1 de janeiro de 2023.
“A recuperação desta estrutura histórica chega agora à sua fase final, através de um cuidadoso trabalho de recuperação que respeita integralmente as características originais da construção setecentista. Os trabalhos avançam com o rigor que um monumento classificado exige”, indica a autarquia em comunicado divulgado esta segunda-feira, onde descreve que, neste momento, #decorre a reconstrução do segundo pano de muralha, localizado no tardoz da cortina, paralelamente aos trabalhos de aterro da vala de fundação, operações técnicas essenciais para garantir a estabilidade e durabilidade da estrutura”. “Também se está a proceder à recolocação do friso e restante aparelho que remata o topo superior do pano da primeira cortina”, adianta a nota.
“Estamos comprometidos em devolver à Fortaleza de Valença toda a sua integridade histórica, garantindo que esta obra seja executada com o máximo rigor técnico e respeito pelo património que nos foi legado”, afirma o autarca local, José Manuel Carpinteira, que refere estar a “acompanhar pessoalmente a evolução dos trabalhos”. “Esta intervenção irá repor a totalidade da estrutura original, mantendo intacto o valor patrimonial de um dos mais emblemáticos exemplos da arquitetura militar portuguesa”, garante.