A Administração do Porto de Aveiro (APA) vai construir um muro na Avenida Marginal do Porto de Pesca do Largo, conhecida por Avenida dos Bacalhoeiros, na Gafanha da Nazaré, Ílhavo, para evitar as inundações da estrada que se verificam atualmente em períodos de marés vivas.
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Segundo um comunicado desta quinta-feira da APA, a requalificação da Avenida dos Bacalhoeiros será feita pela empresa Paviazeméis, vai custar 4,5 milhões de euros e demorar um ano.
Esta estrada junto à ria serve 15 pontes-cais que são utilizadas por empresas ligadas à pesca, processamento, congelamento e distribuição de pescado, nomeadamente de bacalhau. Diariamente é utilizada por viaturas ligeiras e pesadas, bem como por equipamentos de apoio aos navios e às instalações industriais e de armazenagem de pescado.
Segundo apurou o JN, o muro terá uma extensão de 2,5 quilómetros e cerca de um metro de altura.
A solução do muro, em betão armado, ao longo da marginal, “elimina a necessidade de alteamento do pavimento e permitindo manter as acessibilidades de todas as unidades empresariais existentes sem alteração”, refere a APA. Ou seja, não será necessário que as empresas de pesca, situadas do “outro lado da rua”, façam obras, como teriam de fazer se o pavimento fosse alteado.
Para além do muro, a intervenção abrange melhorias na funcionalidade e segurança da via, nomeadamente a “requalificação do pavimento, a criação de uma ciclovia partilhada, a reorganização e criação de passeios e zonas de estacionamento, a colocação de novos cabeços de amarração, intervenção na iluminação pública e a implementação de uma rede de combate a incêndios”, especifica a administração.
Dragagens
Para além da intervenção no Cais dos Bacalhoeiros, o Porto de Aveiro vai avançar com a dragagem de manutenção do Porto de Pesca do Largo e do Canalete do Forte da Barra. A empreitada, adjudicada à MMAS, representa um investimento de 425 mil euros e visa “assegurar a navegabilidade e segurança das embarcações da frota pesqueira e da Autoridade Marítima”.
No Porto de Pesca do Largo, pode ler-se no comunicado, “os trabalhos iniciar-se-ão em maio e irão focar-se na reposição das cotas de fundo junto às pontes-cais, atualmente assoreadas, que dificultam a navegação em determinadas condições de maré”.
No Canalete, dada a urgência da situação, “os trabalhos começarão assim que estejam reunidas as condições necessárias”. O objetivo, refere a APA, é normalizar rapidamente as operações das embarcações das entidades oficiais e garantir a segurança da navegação na área. A empreitada será concluída no prazo de 60 dias.