<p>Um muro está a causar polémica na Póvoa de Lanhoso. Um morador diz que não cumpre o projecto inicial e não tem sustentabilidade, o que com infiltrações de água pode provocar o seu desmoronamento. Câmara está atenta.</p>
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José Luís Oliveira tem vivido uma autêntica saga desde a construção inicial do muro, bem no centro da Póvoa de Lanhoso, perto do parque do Pontido: "tiraram terra na altura inicial da sua construção, e o muro ficou descalço; não tem qualquer estabilidade. Para além disso, não deixaram qualquer saída para a água escorrer o que pode provocar a sua queda por pressão da própria água".
O morador já fez um requerimento dirigido à autarquia alertando para o perigo ali existente. As respostas é que não têm sido convincentes, para José Oliveira.
Este muro resguarda a edificação de moradias em banda, ainda não totalmente finalizadas: "quando vierem para a parte da frente do terreno construir as casas que faltam, isto torna-se ainda mais grave porque a segurança fica em causa", refere ainda José Luís Oliveira que teme pela sua segurança e da família: "eu tenho receio de passar aqui e vi-me obrigado a criar um caminho alternativo por um terreno que não é meu".
O morador acrescenta ainda que "o muro quando cair virá abaixo por inteiro". Este é, no entanto, um dos muitos vértices desta história que já impediu José Oliveira de, durante um mês, entrar em casa, "tinha que usar uma escada" e de o filho ir para a escola". José Oliveira realça que não é "contra o loteamento mas é preciso que a obra também se faça sem prejudicar ninguém".
O vereador do urbanismo da câmara da Póvoa de Lanhoso lembra que "o muro tem direcção técnica, directa responsável pela obra, tem projecto, entretanto alterado, e que depois da denúncia do morador, o técnico camarário foi ao local e estava tudo em conformidade".
António Alves diz que as lombas visíveis no muro "podem não se dever a problemas de infiltração mas sim da qualidade da cofragem".
No entanto, para o autarca "é aconselhável a existência de drenos para a água, mas o muro pode ter um sistema de drenagem interior". António Alves reconhece ainda que a altura do muro é maior que o inicialmente previsto e justifica este aumento pela necessidade de dar mais estabilidade ao local, "alteração feita através da reformulação do projecto, tal como está anexado no processo".