Museu de Famalicão quer criar Centro de Investigação sobre a Guerra Colonial
O Museu da Guerra Colonial em Famalicão quer criar um Centro de Investigação e Estudos sobre a guerra do Ultramar.
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Augusto Silva, responsável pelo museu desafiou esta segunda-feira, o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes para a celebração de um protocolo que permita a criação do centro. O governante, que esteve presente na comemoração dos 17 anos da estrutura museológica, disse estar disponível mas salvaguardou que é necessário envolver também universidades.
Segundo Augusto Silva o objetivo do centro é estudar o conflito armado não só a partir de documentação que o museu possui mas também através de combatentes que ainda estão vivos. "Temos de fazer parcerias com universidades e ter aqui um polo que estudem esta área, o que não é muito vulgar nos meios académicos", explicou o responsável.
"Temos testemunhos e documentação, e tem de haver algum cuidado no estudo dos mesmos", notou referindo que o museu vive do dia-a-dia e não tem fontes de financiamento.
"Vive do dia-a-dia, do apoio da Câmara Municipal, da Associação de Deficientes das Forças Armas e da Alfacoop, e vai agora procurar fontes de financiamento através do mecenato", adiantou Augusto Silva.
Instalado no Lago Discount desde 2012 o Museu da Guerra Colonial tem como principais visitantes antigos combatentes mas também escolas e instituições. "Temos visitantes desde o pré-escolar até à terceira idade", notou.
A exposição permanente retrata o itinerário do combatente português nas três frentes da Guerra Colonial.
O Ministro da Defesa Nacional mostrou-se disponível para ajudar a "melhorar" o museu com o centro de investigação mas salvaguardou que é necessário solicitar a academia. "Temos de fugir à tentação de criar um micro centro de investigação. O ministério está disponível para sentar as pessoas à mesa para procurar melhorar o museu", afirmou.