"Não faz sentido passar a investigação criminal para as polícias municipais", defende Moreira

Rui Moreira falou sobre competências da Polícia Municipal à margem da inauguração do Parque da Alameda de Cartes
Carlos Carneiro
Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, defende que "os órgãos de investigação criminal devem ser os que estão previstos da lei [PSP, GNR e PJ]", manifestando que "essa competência não faz sentido nenhum passar para as polícias municipais".
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Interpelado pelos jornalistas, este sábado de manhã, sobre o facto de ter uma opinião contrária à de Carlos Moedas, autarca de Lisboa, quanto às competências da Polícia Municipal, Moreira reiterou que "tudo o que seja misturar competências cria entropia, cria desconfiança e não resolve o problema", sublinhando que aquilo que os municípios precisam para ter mais proteção e segurança é "ter mais visibilidade da Polícia de Segurança Pública e mais efetivos".
À margem da inauguração do Parque da Alameda de Cartes, em Campanhã, Moreira salientou ainda que "tudo o que seja tentar andar a passar competências de um lado para o outro não faz sentido", acrescentando que "ainda por cima é uma interpreptação clara da lei e a lei não pode ser alterada nem por uma interpretação do presidente da Câmara [de Lisboa], nem sequer pelo ministro. Esta é uma matéria que só a Assembleia da República pode mudar".
O autarca referiu ainda que não é "favorável à mudança a não ser com pequenos ajustes", insistindo que tem uma "opinião contrária" à de se "passar a fazer investigação criminal nas polícias municipais". "Há sítios onde isso é feito, como em Madrid, aqui ao lado. A minha opinião é que essa alteração não faz nenhum sentido", concluiu.

