"Não há motivo" para interditar praia onde criança foi ferida por caravela-portuguesa
Um menino de seis anos sofreu "queimaduras elétricas e químicas" nas virilhas, depois de ter estado em contacto com uma caravela-portuguesa na Prainha, este domingo, nas Caxinas, em Vila do Conde.
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Polícia Marítima e Instituto de Socorros a Náufragos patrulharam a zona e nem sinal do animal. As autoridades de saúde não viram motivo para interditar a praia.
"Os elementos da Polícia Marítima e uma embarcação da estação salva-vidas da efetuaram, durante a tarde [de domingo], patrulhas ao longo das praias da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, não tendo sido avistado qualquer organismo gelatinoso. Hoje [ontem] voltamos a fazer patrulhas e nada", explicou, ao JN, o comandante da capitania da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, Bruno Ferreira Teles."
Ainda assim, a competência para interditar as praias por motivos de saúde pública não é da capitania, mas da delegação de saúde, que entendeu não haver motivo para tal. Ferreira Teles está convencido de que se tratou de uma situação pontual e não vê motivo para "alarmismo". Não ocorreu mais nenhum caso, nem nenhuma caravela-portuguesa foi avistada por mais nenhum banhista.
A mãe do menino, Elisabete Silva, explica que tudo aconteceu às 12.30. Dor intensa, uma espécie de queimadura nas virilhas, cara, pescoço e língua a inchar.
"Na própria ambulância, aperceberam-se que aquilo era uma picada de uma caravela-portuguesa pela magnitude e evolução. A diferença entre a picada de uma caravela-portuguesa e uma alforreca são os tentáculos", explicou, ao JN, indignada por não ter visto interditada a praia, dada a gravidade dos ferimentos. O menino foi assistido na unidade de queimados pediátricos do Hospital de São João. Dada a gravidade das queimaduras, regressou esta segunda-feira à unidade para avaliação.