A nau quinhentista de Vila do Conde vai entrar em reabilitação ainda este mês. A reparação e manutenção da réplica da embarcação do século XVI, postal da cidade, vai custar 151.772 euros. Antes, serão feitas vistorias subaquáticas para aferir o estado do imponente barco, que em 17 anos nunca teve uma intervenção.
Corpo do artigo
“Desde a sua colocação naquele local, nunca houve nenhuma intervenção de fundo. Urge fazê-lo”, explicou o presidente da Câmara, Vítor Costa, que adjudicou já a obra aos estaleiros Samuel & Filhos, precisamente os mesmos que, em 2001, deram início à sua construção, depois de terem posto a navegar outras três réplicas de embarcações da era dos Descobrimentos. Os projetos são do almirante Rogério D’Oliveira e os riscos – um plano geométrico do barco desenhado em escala real – de António José Carmo e do pai Francisco Carmo, neto e filho do fundador.
Agora, a intervenção na nau vai demorar três meses e deverá iniciar-se cm as vistorias subaquáticas. Seguir-se-ão trabalhos de lixamento, pintura, calafetagem, betumagem, substituição de cabos, corrimões vergas e colocação, no topo dos mastros, de materiais destinados a afastar as gaivotas. Tudo será feito no local, obrigando os velhinhos estaleiros, que em 2025 completarão 90 anos de existência, a mudar provisoriamente as oficinas para a margem norte do rio Ave.