Dois navios espanhóis apanhados a pescar ilegalmente em águas portuguesas continuam retidos no porto da Figueira da Foz, até que seja paga a devida coima, disse fonte da GNR.
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"Até agora não foi paga a coima ou depositada a caução, enquanto isso não acontecer os pesqueiros não saem", assegurou, esta sexta-feira, Jorge Caseiro, comandante do Destacamento de Controle Costeiro da GNR.
Jorge Caseiro clarifica, ainda, que o armador espanhol, "quando foi notificado, na passada quinta-feira, para pagar a coima ou depositar a caução, disse que tinha intenção de pagar, mas até agora não o fez de forma voluntária".
Os pesqueiros, oriundos da Galiza e pertencentes ao mesmo armador, estão retidos, desde a passada quinta-feira, depois de terem sido detectados com uma licença de pesca em águas portuguesas caducada a 31 de Dezembro do ano passado, segundo aquele responsável.
Foram apreendidos mais de 20 mil quilos de pescado, vendido em lota, após controle sanitário, "ficando o produto da venda à ordem do processo" instaurado ao armador espanhol, segundo o responsável da GNR.
Cada pesqueiro tinha entre oito a nove pescadores, quase todos oriundos de Marrocos, que terão seguido ainda, na passada quinta-feira à noite, para o seu país.
Jorge Caseiro explicou que as duas embarcações espanholas aportaram na Figueira da Foz para ali procederem à descarga do pescado que seria depois transportado, por via rodoviária, para Espanha, onde seria vendido, procedimento este que é legal.
Na ocasião, militares do Destacamento de Controle Costeiro que se encontravam no porto de pesca fiscalizaram as embarcações e foram confrontados com a ausência de autorização de pesca em águas portuguesas.
Na sequência, o pescado acabou apreendido e as embarcações retidas até ao pagamento das coimas, no valor de 750 euros por cada embarcação, o mínimo estipulado por lei e cujo valor máximo ronda os 50 mil euros por navio.
Ainda segundo Jorge Caseiro, outra das opções do armador é depositar uma caução, até à conclusão do processo, ascendendo esta a um terço do valor máximo da coima, mais de 16 mil euros por embarcação, sublinhou.