Há cada vez mais atividades para os turistas. Desde o paddle ao enoturismo subaquático.
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Cada vez mais negócios na costa alentejana tiram proveito do mar e atraem turistas à procura de aventuras. Desde o surf ao enoturismo subaquático, há um "mar" de possibilidades à espreita na região.
André Teixeira, proprietário de uma escola de surf na praia da Vieirinha, Sines, cresceu no litoral e, assim que experimentou entrar na água com uma prancha de surf, ficou "aficionado", pela modalidade e "pelo contacto com o mar". Desde 2003 que o também instrutor tira proveito das condições que a costa do litoral alentejano oferece, principalmente para a aprendizagem do surf, e a aposta neste negócio tem-se revelado cada vez mais rentável.
Na altura, conta à Lusa, "havia muito pouco surf e não conseguíamos" viver desta atividade, até que "decidimos promover" a costa alentejana, lembra. "Abrimos um campo de surf e começámos a trazer turistas" e, mais tarde, "abrimos uma escola".
Ainda a recuperar dos dois últimos anos de pandemia, André diz que turistas, portugueses e estrangeiros, não faltam ao longo do ano. Apesar da aposta na formação, são estes que garantem trabalho "até novembro".
Mais a sul, na praia da Franquia, em Milfontes, onde o mar se junta com o rio, António Pereira desafia os turistas para passeios de "Stand Up Paddle" (SUP). Na pequena escola de madeira, instalada na praia, não faltam pranchas, remos e coletes para garantir a segurança de quem pratica a modalidade, que tem sido bem recebida pelos banhistas. "Não há nenhum mês em que não tenha trabalho. Nos meses de inverno, está sempre mais fraquinho, dá para ir trabalhando, mas o que compensa mesmo é desde maio até princípio de novembro, que é sempre a trabalhar", conta.
Entre as inúmeras atividades que se podem encontrar na costa alentejana, há também quem "plante" garrafas de vinho no fundo do mar, para serem depois "colhidas" a várias profundidades. A Adega do Mar está em crescimento no porto de recreio de Sines, e este ano, a partir do próximo dia 15, vai apostar no enoturismo subaquático.
"O que é que vamos fazer com isto? O turista, o nosso cliente, deseja recolher uma garrafa de vinho e pode fazê-lo", revela Joaquim Parrinha.
Enquanto escola de mergulho, garante "a formação necessária" ao turista para esta sua "primeira experiência" de "colheita" subaquática.