Nevoeiro impede avião de aterrar no aeródromo de Bragança

Na segunda-feira e terça-feira, "o avião ficou em Vila Real, por não existirem condições para aterrar em segurança no aeródromo de Bragança”, explicou Sérgio Leal, diretor de operações da Sevenair, empresa que detém a concessão da ligação aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão.

Ainda segundo este responsável, a operadora tem ultimado soluções para o transporte dos passageiros para Bragança “por via terrestre”.

A Sevenair detém a concessão da carreira desde 2015, cujo contrato termina no final de fevereiro e, segundo Sérgio Leal, ainda não foi lançado o novo concurso público internacional para a atribuição da carreira. O responsável admite que o avião pode ficar em terra e deixar de voar, porque não foi atribuída a nova concessão.

“Nos moldes atuais da concessão, nós não estamos interessados em continuar, porque a operação é deficitária. O valor de financiamento [cerca de 7,8 milhões de euros] mantém-se desde o início e nunca foi revisto. No entanto, atualmente temos mais duas estações, Viseu e Portimão, enfrentámos os prejuízos da pandemia covid-19 que teve um grande impacto na operação, com uma grande redução do número de passageiros, mais cerca de dois anos de encerramento do aeródromo de Vila Real, que sofreu obras, e agora a inflação, que aumentou o preço do combustível”, descreveu Sério Leal, indicando ainda que a empresa deu conta de todos estes problemas ao governo.

Em 2020, poucos dias antes de terminar o contrato, foi encontrada uma solução provisória, com um aditamento ao contrato, para que os voos não fossem interrompidos.

Esta rota existiu durante 15 anos e foi suspensa em novembro de 2012, mas na altura a carreira aérea fazia Bragança-Vila Real-Lisboa, tendo sido alargada a Viseu e Portimão em 2015.

O Jornal de Notícias contactou o secretário de Estado Adjunto das Infraestruturas, Frederico Francisco, que remeteu explicações para mais tarde.