Separados por uma verba superior a dois milhões de euros, o proprietário e o inquilino do Teatro Sá da Bandeira falharam a primeira tentativa para colocar ponto final no litígio sobre a requalificação do imóvel, que conheceu ontem uma audiência prévia no Tribunal Judicial da Comarca do Porto.
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Segundo apurou o JN, essa é a diferença entre a proposta apresentada pela Lello Vitória - Livros e Turismo, Lda. para que a Rocha, Brito & Vigoço cesse o contrato de arrendamento e os valores pedidos por esta empresa para a sua saída. Apesar das declarações públicas de ambas as partes sobre a disponibilidade para um acordo, a audiência deixou a nu as profundas divergências entre os contendores, que passam, antes de mais, pela responsabilidade das obras: cada um dos envolvidos entende que esse ónus recai sobre o outro.
No final, proprietário e inquilino foram contundentes nas críticas. Em comunicado, a dona do imóvel desde 2019 acusou o arrendatário de "especulação absurda", ao exigir, "sem qualquer racionalidade económica ou financeira, receber um valor equivalente a mais de um século de renda, 127 anos da renda atual e a mais 40 anos de lucro médio".