A empresa de produtos alimentares onde ocorreu um derrame de amoníaco, esta quarta-feira, no Prior Velho, concelho de Loures, está a ser alvo de medições ao composto químico, que “ainda estão acima do limite máximo”, avançou o presidente da Câmara.
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Em declarações à Lusa, via telefone, Ricardo Leão (PS), que pelas 13.15 horas ainda se encontrava no local, contou que uma equipa especial de materiais perigosos dos Sapadores de Lisboa “está dentro da empresa, uma vez que as medições estão acima do limite máximo”.
“Só depois de estar conforme, a equipa passa à zona envolvente, às outras empresas, e lá para as 17 horas/18 horas irá à zona habitacional”, disse o presidente da Câmara Municipal de Loures, referindo que estão a ser afetados 27 moradores que foram de manhã encaminhados para um pavilhão.
O autarca acrescentou ainda que o perímetro de segurança estabelecido tem agora entre “50 e 100 metros” e é aí que os trabalhos estão a decorrer, na sequência do derrame de mil litros de amoníaco numa instalação da empresa de produtos alimentares Aviludo.
Segundo Ricardo Leão, a fuga de amoníaco foi detetada “cerca das 4.30 horas” e foi a própria empresa que acionou os meios.
De acordo com o autarca, “todas as empresas no local fecharam” e 27 pessoas foram encaminhadas para um pavilhão no Prior Velho, onde “tomaram o pequeno-almoço servido pela junta de freguesia e almoçaram com o apoio da câmara municipal”.
O responsável adiantou também que, apesar de existir ainda cheiro a amoníaco na zona, pelas 13.15 horas, algumas empresas já tinham voltado à normalidade.
Na ocasião, segundo um porta-voz do Comando Sub-regional da Grande Lisboa da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), foram retiradas 52 pessoas das suas casas “apenas por precaução” e feito um perímetro de segurança com uma extensão de 200 metros.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Sacavém, Armando Baptista, referiu aos jornalistas no local que a fuga está "seccionada".
A PSP impediu que as pessoas entrassem na área de segurança e ajudou a que, numa segunda fase, fossem retirados das empresas 170 funcionários.
Ao início da tarde, encontravam-se no local 45 operacionais, entre Sapadores de Lisboa, Voluntários de Sacavém e Proteção Civil de Loures.