Há cada vez mais pessoas a utilizar transportes públicos, apesar de a qualidade do serviço não corresponder às expetativas de muitos passageiros. É uma perceção comum entre quem utiliza este tipo de serviços.
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Na estação de Campanhã, no Porto, Tânia Ribeiro, 26 anos, espera junto à linha número um pelo comboio das 10.15 horas para Braga. Ainda faltam 15 minutos para o embarque. O destino da terapeuta ocupacional é Famalicão. Fora as greves do último ano, a jovem vê no metro e no comboio a melhor forma de chegar ao trabalho, até porque "são confortáveis" e, consegue, normalmente, "um lugar sentado". A par disso, o alívio que sentiu na carteira nos últimos anos é outro atrativo. "No passe do comboio pago 53 euros, mas antigamente eram 75", observa.
Já Rúben Coelho, 35 anos, utiliza o metro e comboio para se deslocar de Gaia até Gondomar para trabalhar, fazendo o transbordo em Campanhã. Já o fazia desde do tempo da faculdade e é perentório a detetar diferenças. "Sem dúvida que existem mais pessoas nos transportes, principalmente no centro das cidades. Antigamente andar de metro por volta das três da tarde era uma experiência tranquila, sem grandes pessoas à volta. Agora está cheio o dia todo. Já não há uma hora de ponta", vinca.