Após três dias internado no Hospital de Castelo Branco, Noah, de dois anos e meio, regressa a casa com a família, em Proença-a-Velha.
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"Pensava que [o Noah] só poderia sair amanhã [terça-feira], mas como hoje [segunda-feira] estava tudo bem, decidimos dar alta já hoje. As escoriações são tão superficiais que não requerem qualquer acompanhamento médico. Não tinham perigo. Basta fazer hidratação da pele e fica apenas com umas cicatrizes", explicou aos jornalistas Maria Eugénia André, diretora clínica do Hospital de Castelo Branco, pelas 14.30 horas, depois de a equipa multidisciplinar ter reunido na manhã desta segunda-feira.
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A criança está "ótima" e "clinicamente bem para poder ter alta" e no domingo e sábado "brincou e nunca esteve deitada", acrescentou a médica, que já falou com a família e lhes disse que Noah está estável tanto do ponto de vista "físico como social e psicológico" e pronto para ir para casa.
Segundo a diretora clínica, "nos períodos em que não esteve a fazer soro e a dormitar, a criança andou pela enfermaria, efetuou jogos, brincou e comportou-se de forma muito normal e muito feliz".
Eugénia André disse que criança "já leva todas as suas consultas para o acompanhamento futuro" e destacou ainda o ótimo relacionamento do pequeno Noah com os pais e a irmã, pedindo que se respeite a família neste momento. "Peço que os deixem sair, com segurança e longe das câmaras", apelou.
A criança foi dada como desaparecida na quarta-feira de manhã (dia 16) a cerca de 1,5 quilómetros do núcleo central da localidade de Proença-a-Velha, concelho de Idanha-a-Nova.
Com dois anos e meio, Noah esteve desaparecido durante mais de 30 horas e foi encontrado na quinta-feira, pouco antes das 20 horas, num "setor de busca que foi alargado", a quatro quilómetros de casa (em linha reta), ainda na zona de Proença-a-Velha, mas muito próximo da povoação de Medelim.
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No dia seguinte, a diretora clínica do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, afirmou que a criança estava "bem e livre de perigo", mas ficaria internada para estabilização.
Nas operações participaram militares da GNR, bombeiros, proteção civil municipal, sapadores florestais e voluntários, com apoio de equipas cinotécnicas, drones e mergulhadores, que estiveram a vistoriar poços e linhas de água.
Dezenas de voluntários, muitos deles estrangeiros, também participaram nas buscas.
