Terreno com muita areia, onde está a ser construída a nova esquadra da PSP de Vila do Conde, obrigou a fazer um muro de contenção que não estava previsto. Problema atrasou e vai encarecer a obra. Mas, resolvidos os percalços, a previsão é que esteja pronta no final de 2025.
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O anúncio foi feito, esta quinta-feira, pelo presidente da Câmara, Vítor Costa. O terreno arenoso, a 300 metros do mar, atrasou a obra, orçada em 3,6 milhões de euros. Agora, diz o autarca, “está tudo a andar a bom ritmo”. O novo edifício vai acolher a Divisão Policial de Vila do Conde (que superintende Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Santo Tirso), a esquadra de Vila do Conde, a Investigação Criminal, a equipa de Intervenção/Fiscalização Policial e o Trânsito. As antigas instalações serão cedidas a associações.
“São quase 30 anos de luta da comunidade vilacondense”, frisou o autarca, que visitou as obras na companhia do comandante da Divisão Policial, Ezequiel Rodrigues. Vítor Costa diz que o novo edifício, situado na rua Baltazar do Couto, servirá "para que os meios possam estar centralizados e para que a operacionalidade seja maior”.
Até agora, admite, o efetivo de Vila do Conde (e o comando da Divisão) está “numas condições que estão muito longe de ser razoáveis”. O mesmo se passa nas Caxinas com a 8.ª Esquadra de Investigação Criminal.
A promessa de uma nova esquadra, recorde-se, vinha de 1996. A Câmara comprou o terreno, mas, do Ministério da Administração Interna (MAI), durante mais de uma década, não vieram mais do que promessas. Já em 2019, autarquia e MAI assinaram o protocolo de cooperação, mas a obra voltou a não arrancar.
“Por empenho desta Câmara, chegamos a um acordo: o Ministério pagava 3,2 milhões de euros, nós os restantes 400 mil euros. Se não tivéssemos assumido esse valor, ainda hoje não tínhamos obra”, salientou.
A obra foi adjudicada no final de maio de 2023. Arrancou em outubro. Deveria ficar pronta em dois anos, mas os problemas não tardaram. É que o terreno arenoso obrigou a fazer uma contenção periférica que não estava prevista no projeto. A empreitada vai encarecer. Vítor Costa acredita que o MAI “será sensível” ao caso, mas, para já, “o importante é ter a esquadra” e, por isso, a autarquia “assume e ponto final”.
Resolvidos os percalços, a ideia agora é recuperar tempo e, daqui a um ano, acredita o autarca, “estar a inaugurar a obra”.
Uma vez concluído o novo edifício, as atuais instalações, junto ao rio Ave, serão cedidas ao Ginásio Clube Vilacondense, que instalará ali a sua sede. Já nas Caxinas, o edifício da Investigação Criminal ainda não tem dono definido, mas será “seguramente ocupado por associações”.