Os constantes contactos de potenciais utentes atestam a "carência" que se faz sentir a nível do apoio à terceira idade na zona do Coronado, na Trofa, onde a Cruz Vermelha pretende abrir um centro de dia e de apoio domiciliário, serviços que já estão a ter "bastante procura", revela ao JN Carla Lima, que coordena a delegação local da instituição.
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Para acolher as duas valências será feita uma adaptação das antigas instalações da ASCOR - Associação de Solidariedade do Coronado, que funcionava como centro de dia e encerrou quando a pandemia eclodiu. Situado na Quinta de S. Romão, o edifício vai ser alvo de obras, para que possa obter a licença de funcionamento. As intervenções de reabilitação implicam um investimento de cerca de 400 mil euros, verba que a Cruz Vermelha já conseguiu assegurar, graças a uma candidatura a fundos provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a requalificação e alargamento da rede de equipamentos e respostas sociais da zona Norte.
"Ficámos muito contentes. Há uma necessidade de resposta a nível de centro de dia e de serviço de apoio domiciliário, e vimos aqui uma oportunidade. Aproveitamos um espaço que estava inutilizado e que vai ter agora uma nova vida, para dar resposta à comunidade do Coronado e das freguesias limítrofes", explica Carla Lima, referindo que o aproveitamento do edifício vai ser possível graças a um contrato de comodato celebrado com a Junta de Freguesia, por um período de 20 anos.
De acordo com a responsável, as obras, que incluem "alterações" no edifício, deverão decorrer ao longo de "oito meses", estando a conclusão prevista para "meados de 2023". A nova unidade, para a qual falta escolher um nome, vai disponibilizar 30 vagas para centro de dia e outras 30 para o serviço de apoio domiciliário, mas ainda não estão abertas inscrições.
Em comunicado, a Cruz Vermelha da Trofa sublinha que "estas respostas têm como base os princípios do envelhecimento ativo, a tecnologia e a inovação, garantindo as condições de conforto, segurança, saúde e funcionalidade e defendendo que as pessoas possam envelhecer com qualidade, preservando a sua individualidade e as suas relações familiares e sociais".