<p>O perfil assistencial do futuro Hospital do Seixal, previsto para estar em funcionamento em 2012, está definido. A ministra da Saúde avançou esta quinta-feira que irá incluir algumas das exigências feitas pela população. </p>
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"O perfil do hospital está terminado, eu tenho-o na minha mão e já aprovado", anunciou Ana Jorge, sem especificar se inclui internamento e urgência. "O hospital aparecerá contemplando obviamente algumas das reivindicações da população", frisou, garantindo que o acordo estratégico será assinado ainda durante o primeiro semestre deste ano.
O anúncio feito na abertura do VI Fórum Seixal Saudável foi recebido com agrado pelo presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, que exige que a nova unidade dê resposta aos cerca de 500 mil utentes dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra, servidos actualmente pelo Hospital Garcia de Orta, construído para 180 mil habitantes.
"Tem de ter camas hospitalares. E tem de ter também uma resposta nas urgências, porque esta é uma das situações mais difíceis e mais problemáticas no Garcia de Orta, com horas intermináveis de espera por parte das pessoas", salienta o autarca, acreditando que será possível cumprir calendário. "Há condições para que ainda este ano seja lançado o processo concursal do hospital", afirma, adiantando que os presidentes dos três municípios irão reunir-se ainda este mês com a ministra da Saúde para tomar conhecimento da proposta. No seu discurso, Ana Jorge disse querer que sejam disponibilizados mais hectares para o projecto, pensando na necessidade de expansão. "O que está em questão é um hospital não apenas para agora, mas para as próximas gerações", justifica Alfredo Monteiro, lembrando que a unidade irá ser construída num terreno do Estado, situado no Fogueteiro.
Os utentes da saúde aproveitaram a visita da ministra para entregar pessoalmente uma carta de reivindicações. "Só aceitamos o hospital no concelho do Seixal se tiver dois aspectos fundamentais, que é o internamento e o serviço de urgência. Disso não prescindimos", reforça o porta-voz António Cardoso, referindo que caso essas pretensões não sejam atendidas as populações vão voltar à rua. A missiva reclama também a reabertura dos serviços de atendimento permanente de Seixal e Corroios, encerrados em Julho de 2007, e a construção de um novo centro de Saúde em Corroios.