Edifício entregue este sábado ao SNS pela Câmara de Sintra, que pagou 60 milhões de euros para construí-lo. Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra fica com direito de superfície.
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O novo hospital de Sintra, entregue ontem pela Câmara local ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), começa a receber doentes em outubro. A Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra fica com o direito de superfície do empreendimento.
O presidente da Câmara de Sintra e a secretária de Estado da Gestão da Saúde realçaram a importância da construção do hospital de Sintra para um melhor acesso à saúde dos habitantes daquele populoso concelho. O autarca Basílio Horta e a governante Cristina Vaz Tomé firmaram a transferência para a Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra o direito de superfície do novo hospital, assinalando, assim, o início da entrega do edifício ao SNS.
A unidade hospitalar está situada no Casal da Cavaleira, freguesia de Algueirão-Mem Martins, com a área coberta de 10 500 metros quadrados (m2) e descoberta de 49 mil m2, representando um investimento de cerca de 60 milhões de euros por parte do Município sintrense, dos quais 52 milhões foram já pagos, frisou o autarca.
Cristina Vaz Tomé salientou a “parceria virtuosa entre o Governo e a autarquia” de Sintra e apontou, agora, a necessidade de “criar condições para captar profissionais” de saúde para a unidade, que “está muito bem equipada”. Estima-se que possa servir mais de meio milhão de pessoas.
60 mil urgências
Já Basílio Horta referiu que o projeto do novo hospital é um “sonho” que se concretiza, lembrando que o acesso dos cidadãos do concelho aos cuidados de saúde foi sempre uma “prioridade” da autarquia, tendo sido já criados seis centros de saúde e estando o projeto de outros três em curso. A expetativa é de que o hospital comece a funcionar na primeira semana de outubro, com “urgências, consultas” e “dois blocos operatórios”.
O hospital terá, ainda, uma unidade de cirurgia de ambulatório com bloco de cirurgia e recobro, serviço de urgência básica para cerca 60 mil urgências – cerca de metade das realizadas no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra)–, unidade de convalescença, farmácia, unidade de esterilização e, ainda, um espaço para ensino e formação.
Além do espaço para a futura construção de heliporto, o equipamento ficará preparado para ampliar as suas respostas e acessos no futuro, nomeadamente para o aumento da capacidade da unidade de cuidados continuados.
A cerimónia contou com a presença de várias personalidade, incluindo as antigas ministras da Saúde Marta Temido e Maria de Belém.