Filiados passaram de 1147 para pouco mais de 600. Há quem esteja em risco, mas outros produzem campeões.
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Os tempos são outros e a sociedade mudou. As coletividades de bairro, onde os laços com a comunidade eram estreitos, têm diminuído. A Federação das Coletividades do Distrito do Porto viu o número de filiados cair para metade. A pandemia também ajudou. "Se antes havia 1147 associados, agora são entre 600 e 700", diz Alcides Horta, o presidente da Federação. "O ambiente familiar perdeu-se, até para os órgãos gerentes não há candidatos", explica, para ilustrar as dificuldades.
Há quem não se aguente, outros sobrevivem e progridem. O Clube Naval Infante D. Henrique (pertencente à federação concelhia de Gondomar) é um caso de longevidade e de sucesso. Tem 250 atletas, está a festejar o centenário e é uma fábrica de campeões. "Muito empenho e cada vez com mais pujança", diz Arnaldo Azevedo, responsável pela agremiação de remo. Destemidos, apostam forte e do calendário das celebrações deste ano faz parte a organização de uma regata, no Douro, com equipas inglesas em representação de Oxford e Cambridge, numa réplica da mítica prova no rio Tamisa.