Iniciativa juntou três dezenas de carros britânicos de várias épocas. Modelos que fazem parte da história automóvel ajudam instituições.
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Primeiro chegou um Austin Healy e um Lotus, por volta das 11 horas. Cerca de 40 minutos depois, chegaram os restantes, onde se incluíam Minis, MG, Land Rover e um Rolls Royce, modelo de 1951. No total, foram cerca de 30 carros clássicos, todos ingleses, que invadiram o centro de Cantanhede, junto à Câmara Municipal, num evento organizado pelos "Ingleses do Centro", um grupo de entusiastas de carros ingleses que se formou há um ano em Coimbra e que fez este sábado a primeira concentração fora do concelho onde foi fundado.
A concentração, para além do convívio e de mostrar modelos que fazem parte da história automóvel, também tem um fim solidário. "O dinheiro angariado pelas inscrições é sempre canalizado para uma instituição de solidariedade social ou de utilidade pública. A verba deste evento vai ser doada à Filarmónica dos Covões, em Cantanhede, que celebra este ano 155 anos de existência", conta ao JN Álvaro Amaral, um dos fundadores dos "Ingleses do Centro".
Álvaro Amaral fundou o grupo com Luís Plácido Santos e têm, atualmente, cerca de 120 elementos. Os dois primeiros eventos realizaram-se em Coimbra, com uma concentração na Baixa da cidade em setembro de 2022, e uma segunda no stand de uma empresa uns meses depois.
A iniciativa de hoje foi a primeira fora do concelho de Coimbra. "É uma zona que me diz muito porque trabalhei aqui e passo férias no concelho vizinho, em Mira", revela Luís Plácido Santos, professor e entusiasta de carros clássicos ingleses. A Cantanhede levou o seu MG verde. "Tenho dois desta marca, mas para esta trouxe este", aponta.
Carros de toda a região
Luís Matos veio de Coimbra no MG que comprou há 35 anos. É um fã de carros clássicos no geral, com uma preferência pelos ingleses. "Em jovem, o meu carro favorito era o Jaguar, mas nunca cheguei a ter nenhum", brinca. O MG que tem há quase quatro décadas é uma das suas riquezas. "Gosto muito dele e gosto sempre de vir a este tipo de eventos", revela.
Da Figueira da Foz chegou Vítor Costa com o seu Rolls Royce azul. O carro tem 72 anos, mas Vítor já não se lembra há quanto tempo o tem. "Já faz parte da mobília", aponta. Vítor Costa tem uma oficina de automóveis na Figueira da Foz, onde cultiva o seu gosto por carros clássicos. "Tenho vários, de várias marcas", afirma.