O diretor do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência da Computação (LIACC), Luís Paulo Reis, defendeu esta sexta-feira, em Aveiro, a importância da IA para ajudar a resolver problemas complexos em várias áreas, mas admitiu que alguns “empregos intelectuais” podem estar em risco.
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Luís Paulo Reis defendeu esta sexta-feira que a inteligência artificial (IA) “é um parceiro que podemos utilizar para resolver problemas complexos, em áreas tão diferentes como a medicina ou a construção civil, mas que têm de ser resolvidos com humanos”. O também professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foi um dos oradores da conferência “Cultura e Tecnologia”, organizada pela Câmara em parceria com o Jornal de Notícias, no Centro de Congressos de Aveiro, no âmbito da Capital Portuguesa da Cultura 2024.
O especialista afirmou que hoje, com a IA, qualquer pessoa pode programar, “basta saber dar as indicações precisas”, dizendo com humor tratar-se da “vingança da classe operária” porque os empregos que a IA pode ameaçar são intelectuais, “mas só para os maus profissionais porque os bons tornam-se melhores com a inteligência artificial”.
O diretor do LIACC aconselhou o uso da IA em qualquer organização “para melhorar o seu funcionamento” e perspetivou que o futuro muito próximo “passa por integrar a a IA que hoje está nos computadores para os robôs e ensiná-los a cumprir tarefas, como ajudar a cuidar de idosos, por exemplo”.
Mas é preciso ter cuidados, frisou, a IA “tem de servir para auxiliar as pessoas e não para as prejudicar”, numa alusão aos riscos de uma arma tão poderosa.
No final da “aula” deu alguns exemplos curiosos das capacidades da IA, desde pedir uma receita culinária para fazer em casa com sobras de comida ou uma poesia com os temas e os participantes nesta conferência da Câmara de Aveiro e do JN.