"O meu percurso aqui começou como doente". As palavras são de Glória Carvalho, de 75 anos, voluntária da Liga Portuguesa Contra o Cancro e uma das homenageadas na cerimónia que terá lugar nesta terça-feira.
Corpo do artigo
Para assinalar o Dia Internacional do Voluntário, a Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Norte, vai homenagear 78 voluntários, "pelo seu trabalho, dedicação e entrega aos doentes oncológicos e aos seus familiares". Num gesto de reconhecimento, serão entregues insígnias aos voluntários com 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 anos de serviço, no Auditório Núcleo Regional Norte.
Foi a experiência pessoal que levou Glória Carvalho à Liga, mas o que a manteve foi a vontade de fazer a diferença. "Como estava em casa, resolvi fazer alguma coisa. Inscrevi-me como voluntária e, com os anos, fui ficando ". E já lá vão três décadas. "Costumo dizer que isto é vida". "E não vejo o cancro como uma doença que tem de ser forçosamente ruim", acrescentou. "No meu caso, foram cinco cancros e todos primários. Mas caminho, não consigo ficar lá atrás. As pessoas quando vêm para o IPO pensam logo na morte. Mas o cancro não é morte. Temos de querer dar a volta por cima. E pensar: é forte, mas não é mais forte do que eu", contou Glória.