Obra para prolongar passadiços do rio Uíma pronta no final de 2026

"O projeto de requalificação das margens do Rio Uíma é um trabalho contínuo", disse Amadeu Albergaria
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O quarto troço dos passadiços do rio Uíma ficará concluído no final de 2026, anunciou esta sexta-feira a Câmara de Santa Maria da Feira, que gastará 1,34 milhões de euros para criar mais 3,2 quilómetros de passeio até Escapães.
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Em causa está a ecovia pedonal e ciclável que, no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, conta atualmente com cerca de cinco quilómetros entre a freguesia de Fiães e a das Caldas de São Jorge, onde o lago das termas se quer agora com ligação também ao parque de lazer de Nadais, em Escapães.
Em meados de 2024, quando abriu o concurso público para a empreitada, o presidente da câmara previa gastar cerca de 1,5 milhões de euros na obra, arrancar com os trabalhos no início de 2025 e depois executar a intervenção em 26 meses, mas agora informa que o custo do novo troço, cuja obra arrancou em setembro, será um pouco inferior e que os trabalhos também serão mais rápidos, devendo concluir-se "em 14 meses".
"O projeto de requalificação das margens do Rio Uíma é um trabalho contínuo que a câmara municipal tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, com resultados muito visíveis na valorização do território e na relação das pessoas com a natureza", declara Amadeu Albergaria à Lusa.
"Depois das fases anteriores, tornou-se evidente o potencial e a necessidade de prolongar o percurso entre as Caldas de São Jorge e Escapães, passando também por Pigeiros, criando novas ligações ao trajeto e renovando espaços de lazer ao longo do curso", acrescenta.
Algumas parcelas de terrenos privados necessárias para o novo troço ainda estão a ser negociadas, "para cedência ou expropriação", mas, em todo o caso, o projeto prevê que o novo passeio inclua 2,2 quilómetros em piso de madeira, sendo esse parcialmente elevado nas áreas mais húmidas do trajeto ou identificadas como eventual leito de cheia.
O novo caminho terá ainda 887 metros em pavimento permeável, 163 metros para a área de estacionamento no acesso de Nadais e 101 metros de calçado portuguesa.
Com uma comparticipação de 569.000 euros por parte do programa Norte 2030, a empreitada prevê "soluções técnicas de engenharia natural para a estabilização de margens e beneficiação do habitat de espécies ribeirinhas", que, em torno de salgueiros, freixos e amieiros, se querem mais seguras face ao aumento previsto da presença humana na zona.
A biodiversidade florística local também inclui frângulas, sabugueiros, pervincas-maiores, briónias, campaínhas brancas, fetos-de-espigo, fetos-reais, fetos-do-monte, giestas, castanheiros, carvalhos, alvarinhos, pinheiros e eucaliptos - que coabitam com moinhos de água desativados e antigas levadas para irrigação dos campos de cultivo.
Uma vez concluído, o quarto troço dos passadiços do Uíma apresentará ainda espaços de estadia e descanso equipados com mobiliário em madeira tratada, pontos de informação ambiental e uma nova zona de estacionamento no Parque de Lazer da Várzea, em Pigeiros.
"Esta nova fase vai permitir requalificar as margens do rio e criar percursos acessíveis que conciliam natureza, bem-estar e inclusão, porque queremos que todos - famílias, crianças, seniores, pessoas com mobilidade reduzida - possam usufruir do rio Uíma em segurança e em harmonia com o meio envolvente", conclui Amadeu Albergaria, anunciando que a autarquia vai disponibilizar uma brigada própria para garantir a manutenção regular e adequada de todos os passadiços do concelho.
