<p>Obras na rede de abastecimento de água em quatro aldeias da freguesia de Ferreira de Aves estão a provocar cortes pontuais no fornecimento em Outeiro de Cima. Alguns moradores queixam-se da forma como os contadores novos estão a ser instalados.</p>
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Há moradores que se queixam de cortes sistemáticos no fornecimento de água da rede pública às suas casas há mais de um mês. Outros nem tanto. Falam em interrupções pontuais. Mas há uma coisa em que a maioria dos habitantes da aldeia de Outeiro de Cima está de acordo: a instalação dos novos contadores não respeita as canalizações que já existiam.
“Andam a instalar os contadores em todas as casas, sem ligarem nenhuma às ligações que já existiam. Conclusão: quando vamos fazer essa ligação, a entrada para o contador está num lado, e a tubagem que faz a ligação às torneiras da casa está outro. Ficamos sem água”, relata ao JN um dos moradores mais queixosos.
A situação é confirmada por Alexandre Carvalho, morador na rua principal de Outeiro de Cima, que aponta o mesmo defeito ao sistema, embora continue a ter água em casa através de um sistema próprio. “Não é muita, mas remedeia”. O morador considera que o problema é fácil se resolver, se os contadores forem ajustados ao que já está feito.
Uma habitante com mais de 80 anos, lembra o caso de uma prima, em que o contador ficou a mais de três metros do local onde deveria ser ligado à habitação. “As pessoas andam um bocado revoltadas, e com razão”, diz ao JN.
O presidente da Câmara de Sátão, Alexandre Vaz, reage às críticas afirmando que ainda não chegou qualquer queixa à autarquia. E nega que haja cortes no fornecimento a Outeiro de Cima. “Isso não é verdade. Pode ter ocorrido uma situação pontual, mas apenas para proceder às ligações”, diz.
Alexandre Vaz admite que a instalação de contadores tem causado alguma polémica, porque as pessoas tiveram de pagar o equipamento, mais de 150 euros, e terão de assumir a ligação. “Andaram 20 anos a usar a água sem pagar. Agora também não pagam o ramal. Mas a ligação do contador às casas é por conta de cada um. Os munícipes são todos iguais.”