Concurso para execução dos trabalhos tem preço-base de 2,79 milhões. Renovação da torre está incluída.
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O Coliseu do Porto vai estar em obras mais de um ano e meio, para a requalificação estrutural do edifício. O concurso, no valor de 2,79 milhões de euros, já foi publicado em "Diário da República". Em causa estão trabalhos na fachada, torre, caixilharias, nas salas e espaços interiores, além da substituição de várias infraestruturas. O emblemático imóvel da Rua de Passos Manuel, na Baixa da cidade, nunca sofreu uma intervenção de fundo em mais de 80 anos de existência.
No ano passado, foi possível avançar com a reparação do telhado, uma vez que a degradação estava a pôr em risco a realização de espetáculos. O projeto foi financiado por diferentes entidades, como o Ministério da Cultura, a Câmara do Porto, a Associação Comercial do Porto e a Irmandade dos Clérigos, entre outros associados do Coliseu, como o Porto Coliseum Hotel.
Agora, avança o processo para a concretização da empreitada global, com apoio financeiro dos municípios da Área Metropolitana do Porto e de fundos europeus. Se o processo decorrer sem grandes sobressaltos, os trabalhos deverão avançar no terreno no decurso do segundo semestre deste ano. Ainda não são conhecidos os constrangimentos que vão afetar a sala de espetáculos.
Dois lotes
O concurso público agora lançado divide-se em dois lotes: um para obras de conservação e restauro (233 mil euros); outro para obras de alteração (2,56 milhões de euros). O prazo para a execução dos trabalhos incluídos no primeiro lote é de 14 meses; enquanto para concluir as intervenções que fazem parte do segundo lote estão previstos 19 meses. Os interessados devem apresentar as respetivas propostas até ao final do próximo dia 13 de abril.
"A obra de reabilitação visa melhorar a envolvente do edifício ao nível das fachadas, caixilharias e cobertura, melhorando não só o seu desempenho térmico e acústico, mas também o desempenho estrutural e de impermeabilização. Assim, a intervenção permitirá o reforço das estruturas que apresentam elevado grau de degradação (como a torre do Coliseu)", indica o texto do concurso.
A empreitada também visa reduzir os impactos ambientais e a fatura dos consumos finais de energia do edifício. Assim, entre outros trabalhos, as fontes térmicas de diferentes espaços serão mudadas, estando prevista também a instalação de uma central fotovoltaica para autoconsumo.
"Com a aplicação deste conjunto de medidas de melhoria é estimado que se verifique uma redução de consumo energético e emissão de CO2", diz também o procedimento lançado pela Associação dos Amigos do Coliseu do Porto.