Arrancam no segundo semestre, após aval do Tribunal de Contas. Contrato de financiamento será adiado outra vez.
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A Metro espera arrancar com as obras da segunda fase do metrobus, entre o Pinheiro Manso, no Porto, e a Rotunda da Anémona, em Matosinhos, no segundo semestre deste ano. Como os trabalhos têm um prazo de oito meses, será necessário pedir novo adiamento para a conclusão da empreitada, que estava apontada para 31 de dezembro.
O processo esteve em tribunal oito meses, depois da empresa ABB, que apresentou uma proposta de 14,9 milhões, ter contestado a adjudicação da obra à DST, com uma proposta de 16,4 milhões. O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto “decidiu no sentido da adjudicação da empreitada à empresa classificada em segundo lugar, a ABB, reconhecendo a sua proposta como a que melhor satisfaz os critérios estabelecidos nas peças concursais, uma vez afastada a proposta inicialmente adjudicada”, explica a Metro. “Na sequência desta decisão judicial, transitada em julgado, a Metro do Porto encontra-se a ultimar os procedimentos administrativos necessários à celebração do contrato com a empresa ABB, o qual se tornará plenamente eficaz após a obtenção do visto do Tribunal de Contas”, acrescenta.
A Metro do Porto já tinha conseguido o adiamento da conclusão da empreitada para 31 de dezembro de 2025, junto da estrutura que gere o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esse aditamento ao contrato de financiamento foi formalizado em janeiro. Mas dada a impossibilidade de acabar a extensão até 31 de dezembro – começando no segundo semestre, as obras só ficarão prontas nos primeiros meses de 2026 –, será preciso proceder a novo adiamento. O investimento no metrobus (Boavista/Império/Anémona) ascende a 76 milhões de euros: 66 milhões provenientes do PRR, três milhões do Fundo Ambiental e sete milhões do Orçamento do Estado.
Testes neste mês
Já neste mês será possível ver os veículos de metrobus em testes no canal entre a Casa da Música e a Praça da Império. Em fevereiro, a CaetanoBus, empresa que lidera o consórcio nacional fornecedor das viaturas, anunciou que o veículo tinha passado os testes de fábrica. Na altura, a Metro disse que os ensaios na estrada deveriam acontecer a partir de maio, data que se mantém. O início da operação está apontado para o final de junho. Para isso acontecer, ainda será preciso assinar um memorando de entendimento entre a Metro, a Câmara do Porto e a STCP.
Os veículos a hidrogénio – cuja designação oficial é Caetano H2.CityGold 18 – têm 18 metros, portas de ambos os lados e capacidade para 135 passageiros.
Projeto
Estações
A ligação entre o Pinheiro Manso e a Anémona terá quatro estações intermédias: Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde e Castelo do Queijo (Praça de Gonçalves Zarco).
Ao centro
“Todas [as estações] vão dispor de cobertura, máquinas de venda de títulos, validadores, câmaras de videovigilância e sistema de informação ao público – nomeadamente painéis eletrónicos e informação sonora. A localização destas paragens encontra-se sempre ao centro da via, tal como acontece com as outras que se situam na Boavista”, explica a Metro.