As obras do novo posto da GNR de Sobral de Monte Agraço estão concluídas há seis meses, mas continuam desocupadas e os militares trabalham em instalações precárias, denunciou esta segunda-feira o PS local, que escreveu ao ministro da Administração Interna.
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"As obras estão concluídas há cerca de seis meses, tardando a entrar efetivamente em funcionamento denuncia a concelhia do Partido Socialista, em carta enviada ao ministro da Administração Interna, a que a agência Lusa teve acesso.
Enquanto o novo posto não é inaugurado, os socialistas recordam que "a GNR continua a funcionar em instalações, cedidas pela câmara municipal, sem o mínimo de condições para os militares que aí trabalham".
O Ministério da Administração Interna remeteu o esclarecimento para a GNR. O capitão Paulo Poiares, responsável pelo gabinete de relações públicas do Comando Territorial de Lisboa, adiantou que a inauguração "está para breve" e que os atrasos estão relacionados com a instalação de telecomunicações e outras infra-estruturas.
A obra foi lançada em julho de 2010 pelo então secretário de Estado da Administração Interna, José Conde Rodrigues, sendo aguardada com expetativa pela autarquia.
O presidente da câmara, António Bogalho (CDU) disse na altura que o novo posto era aguardado há 20 anos para resolver a falta de condições do posto antigo, a funcionar em instalações arrendadas "onde chovia".
Devido à falta de condições e até que a obra estivesse construída, o posto da GNR, com 24 militares efetivos, foi transferido para uma escola do primeiro ciclo desativada.
Contudo, fonte da GNR afirmou nessa altura que o espaço não possui "condições adequadas ao serviço", tendo em conta que não possui zonas reservadas para receber por exemplo vítimas de violência doméstica.
A existência de instalações provisórias e sem condições levou a autarquia há 16 anos a ceder um terreno, mas só há dois anos começaram as obras, um investimento de 1,5 milhões de euros entretanto concluído.
A construção de novas instalações para a GNR em Sobral de Monte Agraço foi um dos projetos incluídos no pacote de compensações do Governo à região Oeste pela deslocalização do aeroporto da Ota.
O acordo, assinado em setembro de 2008 entre Governo e municípios, previa que a construção estivesse concluída em dezembro de 2009.