Com as obras no Coliseu do Porto a arrancarem no segundo semestre deste ano, "o objetivo é que a intervenção avance sem constrangimentos, em paralelo com a programação da sala de espetáculos", confirmou o JN fonte da instituição.
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Todavia, caso haja necessidade de uma empreitada mais duradoura, que possa obrigar inclusive ao encerramento do espaço, tal "deverá acontecer em agosto, altura em que a sala não tem atividade", confirmou a mesma fonte.
Numa rápida pesquisa pelo site do Coliseu constata-se que, para já, o último espetáculo antes de agosto acontecerá a 16 de julho, com a atuação do quarteto musical Il Divo. Já o seguinte é um espetáculo da humorista brasileira Bruna Louise, que atuará no Porto a 19 de setembro.
De resto, quando no ano passado se deu a alteração total do telhado, também não houve necessidade de encerrar o Coliseu. Nessa altura, a degradação da cobertura estava a pôr em risco a realização de espetáculos. O projeto acabou por ser financiado por diferentes entidades, como o Ministério da Cultura, a Câmara do Porto, a Associação Comercial do Porto e a Irmandade dos Clérigos, entre outros associados do Coliseu, como o Porto Coliseum Hotel.
Agora, a intervenção, que vai obrigar o Coliseu do Porto a estar em obras mais de um ano e meio, serão trabalhos estruturais, como a reabilitação da fachada, da torre e das caixilharias. Também estará incluída a reabilitação das salas e espaços interiores do edifício, bem como o melhoramento das acessibilidades, com a colocação de elevadores.
Com um investimento de 2,5 milhões de euros ( graças a uma candidatura aos fundos comunitários do Portugal 2030) e ao apoio financeiro dos municípios da Área Metropolitana do Porto vai ser possível intervir num edifício que nunca teve obras de fundo em mais de 80 anos.
Numa nota publicada na rede social Facebook, o Coliseu dá a conhecer que "as obras vão permitir a muita ansiada remoção da rede de contenção, que, desde 2020, está colocada na cúpula da ala principal".
Propostas até dia 13
Tal como o JN havia noticiado, o concurso público agora lançado divide-se em dois lotes: um para obras de conservação e restauro (233 mil euros); outro para obras de alteração (2,56 milhões de euros). O prazo para a execução dos trabalhos incluídos no primeiro lote é de 14 meses; enquanto para concluir as intervenções que fazem parte do segundo lote estão previstos 19 meses.
Os interessados devem apresentar as respetivas propostas até ao final do próximo dia 13 de abril.
"A obra de reabilitação visa melhorar a envolvente do edifício ao nível das fachadas, caixilharias e cobertura, melhorando não só o seu desempenho térmico e acústico, mas também o desempenho estrutural e de impermeabilização. Assim, a intervenção permitirá o reforço das estruturas que apresentam elevado grau de degradação (como a torre do Coliseu)", indica o texto do concurso.
A empreitada também visa reduzir os impactos ambientais e a fatura dos consumos finais de energia do edifício. Assim, entre outros trabalhos, as fontes térmicas de diferentes espaços serão mudadas, estando prevista também a instalação de uma central fotovoltaica para autoconsumo.
"Com a aplicação deste conjunto de medidas de melhoria é estimado que se verifique uma redução de consumo energético e emissão de CO2", diz também o procedimento lançado pela Associação dos Amigos do Coliseu do Porto.