Três meses depois do incêndio que destruiu o terceiro piso do Mercado Municipal, os comerciantes só querem que as obras avancem e rápido. Uns mais satisfeitos do que outros quanto ao espaço onde foram realojados, todos aplaudem a renovação.
Corpo do artigo
“De manhã e ao fim do dia estamos às escuras, o espaço é pequeno e chove em cima do calçado”, conta Jacinta do Vale, enquanto vai atendendo a clientela que, ao sábado, habitualmente enche o Mercado Municipal.
Está, desde o incêndio onde perdeu quase tudo, provisoriamente “entalada” no meio das escadas que dividem o primeiro e o segundo piso. Não vê a hora de estarem concluídas as obras no piso superior. Tal como o JN noticiou, a Câmara anunciou o início dos trabalhos para o próximo mês. Só estarão concluídos no final de Janeiro de 2011.
“Para o lugar que tinha lá em cima, até estou melhor aqui: é uma loja fechada [e não uma banca], tem mais segurança e não me chove em cima”, diz João Nunes, comerciante de calçado, que ficou instalado num dos talhos vazios do primeiro piso.
Apesar de, em função do lugar, uns estarem mais satisfeitos do que outros com o realojamento, todos reconhecem o esforço da Autarquia – após muita contestação – para acomodar no primeiro piso todos os comerciantes do terceiro e só esperam que as obras sejam “rápidas”, a fim de trazer melhores condições para todos.
É que, com o terceiro piso vedado, por questões de segurança, desde o incêndio, o primeiro, o das frutas e talhos, passou a albergar mais 38 comerciantes e o espaço torna-se pequeno para todos.
As obras, orçadas em 440 mil euros, remodelarão os terceiro e quarto pisos e substituirão por completo a cobertura e caixilharias do mercado.