As obras para travar o desperdício de água no Algarve serão financiadas a 100%, com o apoio do Fundo Ambiental que complementará as dotações europeias. Há quase duas dezenas de intervenções previstas para reduzir perdas nas redes, reabilitar infraestruturas e reaproveitar água. As albufeiras da região, que viveram em situação de seca 12 anos consecutivos, estão a 72% da sua capacidade, garante a ministra do Ambiente.
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A construção de um sistema de água para reutilização da rede na baixa de Vilamoura e o reforço da adução e abastecimento de água na alta ao concelho de Loulé são dois dos 19 projetos de municípios e entidades públicas de gestão de água no Algarve para reduzir perdas nas redes, que serão financiados a 100% por fundos nacionais e europeus. O anúncio foi feito esta manhã pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, durante a cerimónia de assinatura de um protocolo entre o Fundo Ambiental e a Autoridade de Gestão do Programa Regional Algarve 2030, no âmbito da estratégia "Água que Une", que decorreu em Faro.
Previa-se que os projetos, com uma estimativa de investimento de cerca de 60 milhões de euros, necessitam de um financiamento de 60% do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, ao qual se somam um apoio de mais 25% do Fundo Ambiental. No entanto, a ministra anunciou que a comparticipação do Fundo Ambiental será, afinal, de 40%, ou seja, os projetos serão apoiados na totalidade por fundos europeus e nacionais.