A Câmara Municipal da Figueira da Foz instaurou processos disciplinares a oito funcionários do Serviço de Higiene e Limpeza por suspeita de violação dos deveres profissionais, dando conhecimento dos factos ao Ministério Público, anunciou ontem a autarquia.
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Em comunicado, o gabinete da presidência da autarquia da Figueira da Foz esclarece que procedeu à abertura dos inquéritos para "verificar a existência de eventuais indícios da prática de comportamentos que poderiam constituir uma violação dos deveres funcionais".
De acordo com o Diário as Beiras, os funcionários são acusados de retirar cobre de eletrodomésticos recolhidos nas ruas da cidade, trasfega de combustível e utilização em proveito próprio das viaturas de serviço, além da venda de produtos de limpeza a uma empresa, a preços abaixo do mercado.
Comportamentos ilícitos
"Porquanto os referidos comportamentos poderão igualmente consubstanciar eventuais ilícitos, foi também dado conhecimento do referido inquérito ao Ministério Público da Figueira da Foz", adianta o documento da autarquia, que é liderada por João Ataíde, antigo juiz desembargador e ex-responsável da Polícia Judiciária (PJ).
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que a PJ está a investigar o caso.
Eventual punição
Segundo o comunicado do município figueirense, "os processos disciplinares correm os respectivos termos visando o apuramento completo dos factos, a confirmação da existência da violação de deveres funcionais, a sua imputabilidade aos funcionários objecto dos referidos processos e a sua eventual punição".
A autarquia adianta que, no entanto, "mantém a sua confiança no trabalho desenvolvido pelo Serviço de Higiene e Limpeza, no qual trabalham um total de 43 funcionários, e cujo recente desempenho ao nível da limpeza do concelho tem sido objecto de referências positivas pelos munícipes".