<p>Três pessoas morreram afogadas, esta manhã, numa praia de Santo André, em Santiago do Cacém, depois de terem sido arrastadas por uma onda quando pescavam. Uma outra vítima acabou por salvar-se e foi hospitalizada</p>
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O mar nem estava mais agitado do que é habitual. As ondas da praia das Areias Brancas (também conhecida por praia da Fonte do Cortiço) andavam próximas dos dois metros. Parecia seguro pescar no areal, pelo menos, assim pensaram os dois casais a passar uns dias de férias naquela vila do litoral alentejano.
Eles pescavam. Elas trocavam dois dedos de conversa à beira de água quando uma onda mais afoita arrastou as duas mulheres para o mar. Desesperados, os homens largaram as canas e lançaram-se para a água. Acabaram todos por travar uma batalha pela vida, mas o mar foi mais forte.
"As vítimas ficaram apanhadas na zona da rebentação e perderam o equilíbrio. Só uma das pessoas, um homem, conseguiu sair", explicou ao JN Félix Marques, comandante da Polícia Marítima de Sines, acrescentando que a praia tem um acentuado declive à beira da água que faz com que se perca o pé com alguma facilidade.
O relógio aproximava-se das 11 horas quando tudo aconteceu. A praia das Areias Brancas estava deserta e não havia ninguém para testemunhar a tragédia que estava a desenhar-se. Enquanto as duas mulheres e um dos homens se debatiam com as ondas, uma das vítimas conseguiu chegar a terra e comecou a gritar por socorro.
Foi um casal que estava a chegar à praia que acabou por dar o alerta à corporação de Bombeiros Voluntários de Santo André.
Fonte do INEM revelou, que ao chegar ao local, uma das vítimas ainda se encontrava na zona de rebentação. As outras duas já foram localizadas a cerca de 50 metros do areal e tiveram que ser resgatadas por uma lancha da Polícia Marítima.
As três vítimas, duas mulheres e um homem, com idades entre os 62 e os 64 anos, chegaram a terra em paragem cardio-respiratória e de nada valeram as manobras de reanimação do INEM. O homem que se salvou, de 67 anos, queixava-se de dores na zona cervical e, por precaução, foi encaminhado para o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém.
De acordo com uma fonte da Marinha, a praia estava sem qualquer vigilância desde o passado dia 14 de Setembro, altura em que terminou a época balnear.