Os vereadores da Oposição da Câmara de Matosinhos acusaram, esta quarta-feira, o Executivo socialista de já ter gasto, em 12 anos, meio milhão de euros em rendas com terrenos por causa do parque de diversões Raf Park, que funcionou apenas durante três meses, em Santa Cruz do Bispo, e está ao abandono, desde 2012.
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A oposição acusou, esta quarta-feira, a maioria socialista de Matosinhos de ter feito um “negócio ruinoso” com o parque de diversões Raf Park, em Santa Cruz do Bispo, por já ter sido gasto meio milhão de euros com rendas em terrenos. O Executivo municipal admitiu que aquele projeto privado “não correu bem” e reafirmou que será lançado um concurso para que seja planeada uma intervenção no Monte de São Brás, que passa pela reflorestação e criação de um laboratório de investigação ambiental.
“O Raf Park é uma gestão política desastrosa. É um conjunto de escombros, que já custou à Câmara meio milhão de euros e está carregado de lixo”, acusou o vereador independente António Parada, em reunião pública do Executivo.
“Foi altamente lesivo para o erário público. Este negócio ruinoso já custou à Câmara 486 mil euros com a compra de terrenos e 37 mil euros anuais com o pagamento de rendas de terrenos. Em 12 anos, já custou cerca de 900 mil euros”, reforçou o vereador social-democrata, Bruno Pereira.
Já a vereadora da CDU, Renata Freitas pediu um “ponto da situação”. “Nunca tive nenhuma menção de que poderia ser um centro de investigação”, disse.
Em resposta, o vice-presidente da Câmara de Matosinhos assumiu que aquele “projeto privado não correu bem”. E referiu que, tal como o JN adiantou, a Autarquia vai lançar, no próximo mês, um concurso para o planeamento de uma intervenção, que prevê investigação e reflorestação.
Carlos Mouta garantiu à oposição que todos irão participar na criação do novo “pulmão verde” do concelho. “O que ali está, neste momento, não satisfaz nenhum de nós”, concluiu.