<p>O anúncio do encerramento de mais uma empresa em Ovar, neste caso, o último reduto da Philips ali presente há cerca de 40 anos, nomeadamente a Philips RCS, e o consequente despedimento de cerca de 70 trabalhadores, leva os partidos da Oposição locais a considerar catastrófico o momento que o concelho vive em termos de desemprego.</p>
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Sérgio Morais, do PSD, explicou ao JN que Ovar assiste a fechos de empresas todos os dias. "É uma situação extremamente preocupante aquela que se vive em Ovar. E, no caso da Philips, que chegou a empregar centenas de pessoas, o que se verifica há já bastante tempo, porque o processo não é de agora, é um sofrimento gradual, com famílias a ficarem sem sustento a toda a hora", comentou. "Só um grande crente poderia pensar que a Philips teria salvação, sobretudo nos tempos que correm. Espanta-me é que tenha aguentado tanto tempo", continuou.
Miguel Viegas, da CDU, questiona se a ocasião não terá sido mesmo escolhida. "Há muito que a Philips vinha desaparecendo e ninguém pode negar a crise mundial. Falta agora saber se não terá havido por parte da administração da empresa um aproveitamento destes tempos de recessão para justificar o fecho e a deslocalização para a China", fez notar.
O JN tentou falar ontem com trabalhadores da Philips RCS que, porém, remeteram-se ao silêncio.